O que acho legal nesta campanha é a abordagem, bem descontraída, e o fato de incentivar a deixar a carne de lado apenas uma vez por semana. Para os carnívoros ‘radicais’ (existem os vegetarianos radicais, que não consomem absolutamente nada de origem animal, sequer usam sapatos de couro; e os carnívoros radicais, que são aqueles que – acham - que precisam de proteína animal em todas as refeições), um dia sem carne pode ser um sacrifício muito grande, quase uma punição. Mas, olhem, o sacrifício vale a pena. E não é por causa dos pobres animaizinhos, o aquecimento global, etc... Vale a pena por causa da saúde do nosso corpo.
Existem inúmeros bons motivos para reduzir a camilança de carne, mas, na minha opinião, o principal deles é o bom funcionamento do organismo:
Carnes, principalmente as vermelhas, são ricas em gordura ‘ruim’, o chamado mau colesterol. Reduzir o consumo de carne evita entupimento das artérias e infarte.
A carne torna a digestão difícil e demorada. Quanto mais demorada a digestão, maior é a absorção dos nutrientes e também das gorduras. E, como o organismo não aproveita a gordura pra muita coisa, ele guarda aquela reserva nos pneuzinhos da sua barriga.
Sem falar no ‘pacote’ que vem junto com a carne: antes do abate, o animal - principalmente o frango - recebe uma grande quantidade de antibióticos, hormônios, etc. Depois do abate, a carne é manipulada no frigorífico, manipulada no açougue e manipulada na sua casa. Embora existam normas rígidas e controle sanitário, até chegar ao seu ‘buchinho’ a carne de fresca já não tem mais nada. Ah, claro, nem todos os estabelecimentos cumprem as normas, sendo que muitos nem tem licença para manipular carnes. Peça informações à Vigilância Sanitária da sua cidade.
Não está convencido? É bom saber também que a pecuária é uma das atividades humanas que mais polui e contribui para o aquecimento global, devido aos dejetos produzidos e pela necessidade de desmatar grandes áreas para colocar os bichinhos para pastar. Grande parte da devastação da Amazônia deve-se à pecuária.
Embora hoje os métodos de abate sejam mais requintados (espero), não deve ser nada suave a morte dos animais que vão parar no seu churrasco de domingo. Se você precisa de um motivo mais espiritual, pense na selvageria que é a morte de um boi, seu esquartejamento, retirada das ‘tripas’, etc. É uma coisa bem violenta e sangrenta, diferente da morte do peixe, bem mais light. Então, quando você come a carne do boi você come o fruto desta violência, energeticamente é um alimento pesado, carregado. Quando comecei a praticar yoga, minha mestra falava que era um contrasenso buscar equilíbrio e purificação através da prática e depois comer carne, porque praticamente anulava os bons resultados da yoga, que visa principalmente o equilíbrio energético. Ela disse que deixar a carne vermelha já seria um grande avanço em termos energéticos, mas que o ideal seria abandonar totalmente as carnes, pois até na morte do peixinho há violência...
Bom, consumo e comida são questões de escolha, de consciência. Mas acho interessante prestar atenção ao que colocamos pra dentro do corpo. Não sou afeita a radicalismos e ainda não consegui abandonar completamente as carnes - e nem outros excessos que minha mestra com certeza acharia energitacmente negativos, como açúcar e álcool (risos).
Ainda como peixe e frango, mas estou querendo ficar só com o peixe. Há mais de 10 anos aboli da minha dieta carnes vermelhas, carne de porco e embutidos em geral, deixando meu cardápio mais leve e me livrando de um monte de gorduras e calorias desnecessárias.
Abaixo o recado da Sociedade Vegetariana Brasileira:
